Sonhei com um bando de número invadindo o meu sertão
E de tanta coincidência que eu fiz essa canção...". (Raul Seixas)
Os números não param de crescer. Vão girando, girando... E não sei se é impressão minha ou se eu sou abestalhado mesmo, mas às vezes lembro que eu tenho um blog e me parece que, cada vez que eu venho aqui, os números não são mais os mesmos de antes. Daí me lembro que tem alguém lá não sei aonde que não sei por que (esse "porque" é junto ou separado? Quanta frescura nessa nossa língua!) gosta de dá uma passadinha aqui pra ver se tem algo novo.
Fico pensando o que explica isso... Não, acho que sou abestalhado mesmo, os números não estão crescendo, eu é que não me lembro dos números da última vez que vim aqui. E nem adianta anotar. É, eu sou abestalhado mesmo! Mas tenho essa leve impressão... Mas vai que é o que estou pensando, e aí? Não sei, às vezes leio isso tudo e me acho um verdadeiro idiota. Quem sabe as pessoas que vêm aqui também não achem o mesmo! Quem sabe as pessoas que vem aqui, quando lembram de vir aqui não digam: "eita, vou ver o que aquele idiota escreveu de novo!". E fico um tempão sem escrever...
Mas não é por conta disso. É por falta de idéias novas mesmo. E você que se deu ao trabalho de ler tudo isso até aqui, parabéns! Você está lendo nesse momento coisas aparentemente sem sentido. Então aí me vêm a pergunta: o idiota aqui sou eu ou é você? Hahhahahahahahhh... Acho que esta é uma relação dialética, não? Podemos nós dois, sim, eu e você, sermos dois idiotas. Mas aí não é possível! Para ser uma relação dialética teria que ser dentro do esquema tese + antítese = síntese. Então, se eu que sou o idiota, você é o que? O não idiota?? Acho que é melhor invertermos, não?
Concluamos de vez esse papo. Eu falava dos números, isso, os números. Acho que eles vão aumentando a cada vez que venho aqui. Me perguntava o que explicaria isso se não tenho postado ultimamente com freqüência. Paulinho da Viola cantou muito bem a minha situação: "Me perdoe a pressa. É a alma dos nossos negócios... Oh! não tem de quê. Eu também só ando a cem." É mais ou menos por aí... Voltando: tem algo que trás você aqui neste blog. Será o fato de eu ser idiota e só escrever idiotices ou será que o que eu escrevo não é tão idiota assim? Fico feliz se você escolheu a segunda opção. Mas, é bom lembrar que se você escolheu a primeira opção, você também se torna um idiota por estar lendo idiotices.
Bom, eu só sei que os números estão aumentando e seja por um motivo ou por outro o sinal vai abrir e eu vou ter que ir embora. E pra não dizer que falei apenas idiotices e esqueci da poesia:
SINAL FECHADO
(Paulinho da Viola)
Olá, como vai?
Eu vou indo, e você, tudo bem?
Tudo bem, eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro. E você?
Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranqüilo, quem sabe?
Quanto tempo...pois é, quanto tempo...
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios...
Oh! não tem de quê
Eu também só ando a cem
Quando é que você telefona?
Precisamos nos ver por aí
Pra semana, prometo, talvez nos vejamos
Quem sabe?
Quanto tempo...pois é, quanto tempo...
Tanta coisa que eu tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer
Mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso beber
Alguma coisa, rapidamente
Pra semana...
O sinal...eu procuro você...
Vai abrir...
Prometo, não esqueço
Por favor, não esqueça
Adeus,
Não esqueço, adeus.