20.2.11

Na margem do poço (ou poética espacial)


À beira da escuridão existem sóis de vidas incompletas que buscam nas unhas as rachaduras do solo seco e fértil da natureza. Na fraqueza interior, um copo me pede um gole aflito que possa acabar com minha agonia. Minhas unhas agradecem e meus dentes não mais irá pôr nos lábios a mesma terra que me diz incerto. Restam-me copos de certezas daquilo que desejo.

Então deixo o balão voar. Livre e pensante e embriagado. Depois disso eu só sinto. O vento, a lua, o beijo... o copo e o gole. E viajo... viajo.

E eu tento transcender a tudo que vocês sentem. A realidade plena é aquela que a gente cria no interior de si. E isso ninguém nos tira porque é a outra forma de ver o mundo.

E como não ceder? Me digam vocês especialistas. Senhores da sabedoria, me digam. Quando olho vejo a mesma medida. Quando cheiro, sinto um perfume estranho e gostoso. Sim, eu sei. Você...

...Você que ficou preso dentro de si e esqueceu que faz parte do mundo, solte suas asas e corra para o horizonte que ele ainda é seu; assim como meu.

não sei...

fragmentos lugares ares lares cal. areia quintal

poética espacial.



Ps.: Poema/texto escrito numa máquina de escrever em um dia de festa, alegria e inspiração. Responsáveis: Fabiano, Geanne Lima, Ranieri, George Ardilles e Clareanna Santana.