Pela janela do trem a paisagem ia passando. Meus pensamentos não acompanhavam. Pelo contrário, estavam fixos martelando um assunto de vários dias, várias noites, meses, anos... E a paisagem ia se perdendo pelo caminho.
Em cada estação, um rosto que fica e outro que vai. Meus olhos apenas acompanham. Ali sentado, ouvindo o apito do trem, escutava-se também a boca das pessoas que se mexiam falando algo. Os olhos curiosos corriam de um canto para o outro.
Percebi que outras pessoas também acompanhavam as paisagens; que seus pensamentos, por alguns instantes, se desligavam e saiam passeando até o apito do trem quebrar a concentração.
E na medida em que avançava, eu, naquele balanço, comecei a deixar meus pensamentos em cada paisagem que via por aquela janela para quem sabe um dia, ao passar ali novamente, pegá-los de volta.
E na medida em que avançava, eu, naquele balanço, comecei a deixar meus pensamentos em cada paisagem que via por aquela janela para quem sabe um dia, ao passar ali novamente, pegá-los de volta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário