3.9.08

Leituras

Na parada de ônibus
parada
ela lia o livro e sorria

Na parada
parado
eu lia no seu rosto
o sorriso

E entre o riso
e o ônibus que
não vinha
eu me distraia
a imaginar:
parada ali ela está
mas nas páginas
daquele livro
paradeiro para ela
não há.

6 comentários:

George Ardilles disse...

Muito bom heim! Digno de nossa antologia.

Isabella Araújo (Zabella) disse...

Muito bom mesmo! Lembrou "parabólica", de engenheiros... "ela pára e fica ali parada, olha-se para nada...", mas isso por causa da aliteração.

Anônimo disse...

Oi Fabiano. Muito bonita a sua poeisa. E bem expressiva!!!

Anônimo disse...

Ei, a de cima fui eu.

Márcia Leite. disse...

O mundo que se lê, as letras que são lidas, tudo nos levando para looonge, para perto de nós mesmos, para todos os lugares possíveis e impossíveis. Poema lindo!

Unknown disse...

Adorei!!! Ei Fabiano! muito bom mesmo!