Abria e fechava a mão como quem
tentava pegar o vento. Era fim de tarde, mas o sol ainda lançava seus raios que esquentavam a pele do rosto. A estrada ia até onde podia ir o olhar. As
árvores, os bois, o mato, as pessoas, passarinhos e crianças no meio do caminho
passavam rápido pela janela.
O vento batia forte lançando a
mão fechada em forma de concha para trás. O pensamento ia longe procurando
lembranças do futuro que ficaram nas paredes da memória e que surgiam como
sinapses, impulsos nervosos comunicados para todo o corpo, correndo por todo o
corpo, se espalhando por todo corpo...
Soltou o vento quando abriu a mão
em forma de cinco e seguiu deixando um rastro de estrela pendurado no ar
invisivelmente interessante.
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