20.2.11

Na margem do poço (ou poética espacial)


À beira da escuridão existem sóis de vidas incompletas que buscam nas unhas as rachaduras do solo seco e fértil da natureza. Na fraqueza interior, um copo me pede um gole aflito que possa acabar com minha agonia. Minhas unhas agradecem e meus dentes não mais irá pôr nos lábios a mesma terra que me diz incerto. Restam-me copos de certezas daquilo que desejo.

Então deixo o balão voar. Livre e pensante e embriagado. Depois disso eu só sinto. O vento, a lua, o beijo... o copo e o gole. E viajo... viajo.

E eu tento transcender a tudo que vocês sentem. A realidade plena é aquela que a gente cria no interior de si. E isso ninguém nos tira porque é a outra forma de ver o mundo.

E como não ceder? Me digam vocês especialistas. Senhores da sabedoria, me digam. Quando olho vejo a mesma medida. Quando cheiro, sinto um perfume estranho e gostoso. Sim, eu sei. Você...

...Você que ficou preso dentro de si e esqueceu que faz parte do mundo, solte suas asas e corra para o horizonte que ele ainda é seu; assim como meu.

não sei...

fragmentos lugares ares lares cal. areia quintal

poética espacial.



Ps.: Poema/texto escrito numa máquina de escrever em um dia de festa, alegria e inspiração. Responsáveis: Fabiano, Geanne Lima, Ranieri, George Ardilles e Clareanna Santana.


4 comentários:

Geanne Lima disse...

Nossa!!! Desses eu nem lembrava mais. Que bom que quando ficamos bebados escrevemos coisas tão coerentes que depois de muito tempo nos embreaga denovo.

raquel medeiros disse...

Daqui deu pra sentir o cheiro dessa embreaguez, de bebida, de poesia, de companhia.
Deixo aqui um vídeo genial do - não menos genial - Paulo Leminski, sobre o barato da linguagem.

Partilhar é preciso. =)

http://www.youtube.com/watch?v=O2Jf5RCyZYg

Unknown disse...

POXA!!! é bom a gente repetir essas coisas ham???
que tal???
saudades! beijosss pra vocês!!!

Fabiano disse...

Com certeza, Clare. Vamos sim. A máquina de escrever tá só esperando.